Arquivo para 12 de junho de 2010

12
jun
10

Série Barsoom – Uma Princesa de Marte

Edgar Rice Burroughs, nascido em 1875, ficou mundialmente conhecido pela sua grande obra “Tarzan”, um clássico da literatura e do cinema.

Apesar de “Uma Princesa de Marte” (primeiro volume de uma série de 11 livros) ter sido escrito em 1917, apenas neste ano o livro ganhou uma tradução para o português. Acredito que por causa de um grande detalhe: o a história do livro já está sendo filmada na Inglaterra e chegará em 2012 aos cinemas. Já virou moda as adaptações indiscriminadas de livros de sucesso.

O livro de Burroughs conta a história de John Carter, um ex-capitão confederado que ao ser perseguido por índios no Arizona, acaba se refugiando em uma caverna. Sem qualquer explicação ele se vê fora de seu corpo e transportado para Marte. Os marcianos ou melhor, os barsoomianos, são descritos como seres com características inseticídeas, são grandes, corpulentos e desprovidos de sentimentos afetivos, mas cheios de regras e moral.

Apesar de Barsoom, nome dado pelos habitantes do planeta, ser um local inóspito, seco e com pouca vida, há alimentos nutritivos. E a imaginação de Burroughs ao descrever Marte é sensacional. De planeta inabitável, nos tornamos testemunhas da existência de algumas formas de vida bastante interessantes.

Durante o tempo que passa em Marte, John Carter consegue o respeito do povo do planeta, faz sucesso como um guerreiro, ganha alguns amigos que serão leais e vemos surgir nele um herói.

Para surpresa de Carter e dos leitores, há humanos em Marte. Mas não como nós, eles tem uma coloração diferente, modos e comportamentos também diferentes. Nas suas aventuras em Barsoom, John acaba se envolvendo em conflitos, fugas, batalhas e se apaixona por uma encantadora princesa.

É um ótimo livro, maduro para as dicas do que eu frequentemente lanço no blog. Não o considero juvenil, mas por ter muitas aventuras, vai atrair muitos adolescentes, principalmente quando a história chegar aos cinemas e sem contar que o protagonista nas telonas será o ator Taylor Kisch, o Gambit de X-Men (referência que sempre atrai muitos jovens).

Temos que levar em consideração a época em que o livro foi escrito, como foi uma obra revolucionária e sem contar que foi o grande inspirador de James Cameron para criar “Avatar”. Cá para nós, o grande inspirador não, parece um decalque. James Cameron retirou váaaarias idéias de Burroughs para o seu filme, inclusive a constituição física dos barsoomianos. Tudo bem que na minha imaginação, conforme a descrição, os habitantes de Pandora são muito mais gatinhos. No entanto, os monstros de “Avatar” seguem bem ao estilo dos habitantes estranhos de “Uma Princesa de Marte”.

Mas enfim, quem sou eu para sugerir que Cameron fez mais do que se inspirar no autor de Tarzan? Para saber do que falo, só mesmo lendo o livro. E no mais, vale a pena ler. É uma leitura do gênero pulp, muito comum (e pouco valorizada) no início do século XX, e que hoje classificaríamos como ficção científica.

12
jun
10

Feliz refém dos vampiros

Não é por nada não, mas quando vi noticias sobre o lançamento do livro “A Breve Segunda Vida de Bree Tanner” (pelo amor de Deus, quem é Bree Tanner?) de Stephenie Meyer, fiquei muito desconfiada. Twilight já é um sucesso, best seller, ganhou versão para a telona, virou HQ, deu muita grana para a autora e os atores que representam as personagens, para que mais essa história? Um livro curto, uma história paralela… fico pensando que é apenas para ganhar mais dinheiro. Como sempre acontece em uma coleção de sucesso, como “Harry Potter”, por exemplo. A quantidade de outras obras que surgiram para se aproveitar da história do bruxinho foi incrível, até mesmo livros explicando como funciona o quadribol e os animais mágicos estranhos que fazem parte do universo mágico de Harry.

Não gosto desse tipo de coisa, mas enfim, é o mundo capitalista em que vivemos e os fãs que são fãs, com certeza, vão comprar esse tipo de obra, porque tudo que tiver referência a Twilight vai atrair o leitor modelo.

Quando vi o livro fiquei na dúvida se comprava ou não. Apesar de não gostar desses livros que querem apenas vender, eu sou curiosa, então peco ai. Ainda não comprei o livro, mas vamos ver se resolvo comprar e volto para dar a minha opinião sobre a história.

Feliz refém dos vampiros

Autora da série best-seller Crepúsculo, Stephenie Meyer volta ao mesmo universo para contar uma parte da história da perspectiva de um ser do mal. Ou, mais precisamente, de um ser mal orientado

Jerônimo Teixeira

VEIA ROMÂNTICA
Stephenie Meyer, a estilista:
“Seus dentes brilhavam sob
a luz de um poste”

Stephenie Meyer não gosta de vampiros. Nunca foi fã de Bram Stoker, o autor de Drácula, e não vê filmes de terror (até porque estes não se coadunam com os ditames de sua fé mórmon). No entanto, a escritora americana é a criadora da saga Crepúsculo, cujos quatro títulos já venderam mais de 80 milhões de exemplares no mundo e deram início a uma nova voga de filmes e livros de vampiros. A ideia de escrever uma série sobre sugadores de sangue adolescentes que exercem a escolha moral de não matar humanos teria surgido em um sonho. “Não escolhi os vampiros. Eles me escolheram”, declarou Stephenie em uma entrevista a VEJA, há dois anos. É um problema quando essas criaturas escolhem alguém: não largam mais. Stephenie tentou a mão em um romance de ficção científica, A Hospedeira, sem a mesma repercussão. No Brasil, vendeu cerca de 140 000 exemplares, número para lá de expressivo – mas que nem de longe se equipara às cifras de Crepúsculo, com 4,5 milhões de volumes comercializados no país. Agora, às vésperas do lançamento do filme Eclipse, baseado no terceiro livro da série, Stephenie volta ao mesmo universo com A Breve Segunda Vida de Bree Tanner (tradução de Débora Isidoro; Intrínseca; 192 páginas; 24,90 reais).

Lançado no Brasil nesta semana – juntamente com a edição americana –, o novo romance é, muito oportunamente, um desdobramento de Eclipse, o episódio que está chegando aos cinemas. Nesse livro, a vampira Bree Tanner era uma personagem secundária na luta épica dos Cullen – o clã de vampiros do bem – contra a malévola Victoria. A tetralogia Crepúsculo é toda narrada em primeira pessoa por Bella, a romântica humana que se apaixona pelo charmoso dentuço Edward Cullen. Bree Tanner, na aparência, constituiria um lance mais ousado: a mesma história (ou uma pequena parte dela) narrada do ponto de vista de uma criatura do mal, uma vampira que não tem escrúpulos em matar pessoas para se alimentar. Mas Bree, no final, não é tão perversa. A coitadinha é só uma vítima das más companhias.

O apelo da série original junto ao público adolescente está no seu romantismo gótico, com a moça determinada mas inocente (virgem, inclusive) que se apaixona irremediavelmente por um rapaz sensível e meio mórbido – mas dotado de força sobre-humana. A fórmula é repetida em Bree Tanner, com um quase namoro entre a protagonista e outro vampiro, Diego. As cenas de ação são meio canhestras mesmo para os padrões fantasiosos desse tipo de literatura, a expressão de emoções é simplória (volta e meia aparece um personagem que “franze a testa”) e o texto traz frases desengonçadas (“seus dentes brilharam sob a luz de um poste”). Isso deve importar pouco para um público adolescente que deseja doses iguais de açúcar e sangue. Stephenie Meyer encontrou um rico veio (ou será uma veia?) romântico. É uma feliz prisioneira dos vampiros

Fonte:  http://migre.me/NYcP




Melissa Rocha

Jornalista apaixonada por cachorros e literatura, principalmente o gênero infanto-juvenil. Torcedora (e sofredora) do Palmeiras e Bahia. Fã de Drew Barrymore, Dakota Fanning, Anthony Kiedis e Red Hot Chili Peppers, All Star e Havaianas.

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