Vi a proposta de um desafio muito interessante há alguns dias atrás no blog da Íris – www.literalmentefalando.blogspost.com e como achei bem divertido, resolvi adotar também. Em dez 10 comentarei sobre 10 livros que:
- Mais gostei – 01° dia
- Mais odiei – 02° dia
- Mais barato que comprei – 03° dia
- Mais caro que comprei – 04° dia
- Mais prendeu minha atenção – 05° dia
- Menos prendeu minha atenção – 06° dia
- Mais recomendo – 07° dia
- Menos recomendo – 08° dia
- Mais interessante/diferente – 09° dia
- Mais velho que você tem ou leu – 10° dia
Dia 1: Livro que mais gostei
- Escolha: “Ayla, a Filha das Cavernas”, Jean M. Auel
Acho que do desafio proposto, o mais difícil para escolha é esse primeiro dia, afinal são muitos os livros que amei e me marcaram de alguma forma. No entanto, “Ayla, a Filha das Cavernas” é simplesmente sensacional (bem como todos os cinco volumes da série).
Amo História, tive muita vontade de estudar História como curso superior, mas por hobbie, não para exercer a função de historiadora. Isso porque é uma área muito restrita e segundo porque deve ser muito interessante poder estudar, aprender e conhecer muito mais sobre outras culturas, conflitos mundiais, povos antepassados e o nosso triste e complicado passado. E “Ayla, a Filha das Cavernas” esta nesta seara. Um resgate de um passado muito longínquo, dos primórdios da humanidade e a autora, Jean M. Auel, é um exemplo de dedicação e amor ao seu trabalho.
A história se passa na pré-história, há mais de 30 mil anos atrás, onde o mundo que hoje é a Europa era habitado por Neandertais (em seu declínio) e Cro-magnon (com surgimento e predominância a pleno vapor).
Ayla, a personagem central e título do livro, é uma Cro-magnon de apenas cinco anos que se torna órfã por causa de um terremoto. Sem saber como sobreviver sozinha, vaga a esmo e bem debilitada acaba sendo encontrada, resgatada e adotada por uma tribo de neandertais. O que é um grande tabu, seres de “raças” diferentes, que se estranham e não se toleram terão que conviver e aprender o que for preciso para viver em harmonia. Mas nem sempre tudo fora fácil para Ayla e ela terá que abrir mão do que sempre foi para tentar se encaixar e encontrar seu lugar em um mundo no qual ela não nascera pronta para tal. Para tanto ela desaprende a falar e precisa aprender a se comunicar por sinais e emitir ruídos guturais.
Jean M. Auel pesquisou com afinco por cerca de 10 anos tudo que se refere a esses povos que antecedem a humanidade que hoje conhecemos e que fazemos parte. As aventuras de Ayla nos surpreende, comove, emociona, nos enche de orgulho e também nos faz sentir agonias e tristezas por tantas provações que ela tem que enfrentar.
Ayla é uma garota/mulher simples, surpreendente, especial e acho que a primeira heroína completa na literatura. Por esse conjunto de motivos, “Ayla, a Filha das Cavernas” ganhou a posição de livro que mais gostei.