Author Archive for Melissa Rocha

26
abr
11

Uma Estranha Simetria


“Uma Estranha Simetria”, segundo livro de Audrey Niffenegger, conhecida após o sucesso editorial, “A Mulher do Viajante no Tempo”, me fez refletir sobre a relação simbiótica quase automática que existe na modernidade entre a literatura e o cinema.

Quando li o primeiro livro de Niffenegger, a medida que me envolvia com a história e o problema de saúde de Henry, sentia levemente que conhecia a sua história. Pouco depois de algumas páginas descobri que sua história me lembrava o enredo do filme “Efeito Borboleta”. O que, de certa forma, seria algo considerado normal; afinal continuo insistindo na premissa de que os autores seguem uma fórmula, meio como uma receita, daquilo que dá certo, que agrada ao leitor e é caminho certeiro ao sucesso. No entanto, após ler “Uma Estranha Simetria”, comecei a me questionar se esse tipo de fórmula é algo justo com os leitores. Afinal é muito fácil se “inspirar” em algo que já existe e foi um sucesso, esteve na “boca do povo” e vendeu como água.

Relato sobre essas impressões porque após a conclusão na leitura de “Uma Estranha Simetria”, novamente Niffenegger me fez associar a história das gêmeas Julia e Valentina (protagonistas do referido livro) a um outro filme que foi sucesso em diversos países, “A Chave Mestra”. Como uma amante da literatura, livros e boas histórias, para mim, são mais do que puro lazer ou entretenimento. E costumo analisar da capa, passando pelo estilo de fonte, até comparando estilos entre autores. Portanto, para não acusar ninguém (afinal sou uma mera inexperiente e, sem qualquer formação especializada, crítica literária) injustamente de plágio, me comprometi a ler o próximo lançamento de Niffenegger para comprovar se mais uma vez associarei sua história a outro filme Hollywoodiano.

Após minhas divagações, vamos ao enredo de “Uma Estranha Simetria”. Julia e Valentina são gêmeas idênticas, porém simetricamente opostas (onde uma possui um sinal no rosto, a outra possui o mesmo sinal só que no outro lado do rosto). Filhas de Edie, que também possui uma irmã gêmea, vivem sem perspectivas de vida ou de futuro. Tudo por culpa de Julia, a gêmea mandona e que dita a maneira como elas devem viver e o que fazer. Valentina se mostra sempre como uma jovem frágil e incapaz de pensar e agir por conta própria.

Elspeth, a tia das garotas, morre de câncer em Londres e deixa tudo que possui para elas. Com algumas condições: que elas saiam dos Estados Unidos, vão viver em Londres no apartamento que fora dela por um período de um ano e que os pais delas nunca entrem no apartamento. Meras condições? Uma decisão sem fundamento? É muito mais do que isso. Tudo é um mistério: por quê Edie e Elspeth que sempre foram unidas se separaram? Por quê deixaram de se falar? Por quê Edie e Jack foram proibidos de entrar no apartamento? Por quê Robert (viúvo de Elspeth) não herdou nada?

Para entender todo o suspense e mistérios que envolvem duas gerações de gêmeas idênticas só mesmo mergulhando fundo nas páginas deste livro gostoso de ler, que prende a atenção do leitor e que nos surpreende em diversos aspectos. Inclusive que nos remete ao criativo, levemente assustador e divertido “A Chave Mestra”. Agora cabe a você, após ler o livro, perceber se ele é também ‘uma mera simetria’ com o filme citado.

02
jan
11

“Universo Literário” desde a sua criação

Achei muito interessante o que a minha blogueira favorita, San – http://www.apenasumavez.wordpress.com fez com o blog dela, sobre as estatísticas de 2010.

Como meu blog está abandonado, coitado, resolvi postar algo parecido apenas para manter atualizado, pelo menos por alguns dias.

Não sei utilizar a ferramenta como ela fez, mas pelo menos se tem uma ideia de como o blog foi visitado nos anos anteriores. Uma quantidade muito satisfatória de visitas, e espero poder me dedicar a ele por agora, como costumava fazer.

Para todos os que curtem esses espaço, um muito obrigada pelas visitas e comentários, por me incentivar a continuar com as dicas de livros, trazendo matérias jornalísticas e de críticos sempre com algo relacionado a literatura infanto-juvenil e adaptações para o cinema.

 

Meses e Anos

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
2007 438 974 293 1.705
2008 695 1.356 2.262 4.787 5.577 5.976 5.433 8.786 9.237 9.927 9.026 6.058 69.120
2009 6.931 10.745 13.914 11.107 12.457 9.014 6.945 10.741 9.788 8.637 9.037 9.159 118.475
2010 9.260 11.966 16.430 17.583 22.863 21.712 26.888 34.283 31.486 27.804 30.959 20.779 272.013
2011 1.079 1.079

Média por Dia

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Com tudo
2007 22 32 9 21
2008 22 47 73 160 180 199 175 283 308 320 301 195 189
2009 224 384 449 370 402 300 224 346 326 279 301 295 325
2010 299 427 530 586 738 724 867 1.106 1.050 897 1.032 670 745
2011 502 502

Sendo o dia mais visitado:

E o top posts

E vamos que vamos, tentando fazer de 2011 um ano de mais e mais leituras!

Um Feliz Ano Novo para todos os que participam e contribuem para fazer de minha vida na internet ainda mais colorida e alegre.

Meu obrigada mais especial para Sandra, pelas ideias sempre bacanas, comentários muito interessantes e dicas bem preciosas.

30
nov
10

Novo ‘Crônicas de Nárnia’ estreia sob perigo de fracasso nas bilheterias

Uma boa notícia para os fãs das “Crônicas de Nárnia”, de C.S. Lewis. Dentre os volumes que compõe as crônicas, confesso que “A viagem do peregrino da alvorada” é dos meus preferidos.

Espero, sinceramente, que este filme tenha ficado bom, para que a serie não entre para o rol de péssimas adaptações de excelentes histórias que acabam traumatizando possíveis futuros leitores!

 

Novo ‘Crônicas de Nárnia’ estreia sob perigo de fracasso nas bilheterias

‘A viagem do peregrino da alvorada’ terá première em Londres, na terça (30).
Segundo filme da série teve lucros abaixo do esperado pela Disney.

 

O terceiro filme da série “Crônicas de Narnia” envolve uma épica viagem marítima, mas, como o segundo longa teve público abaixo do esperado e a Disney ter desistido da franquia, a série pode afundar ou seguir navegando.

 

Cena do filme “As crônicas de Nánia – a viagem do peregrino da alvorada” (Foto: Divulgação)

“As crônicas de Narnia: a viagem do peregrino da alvorada” terá sua pré-estreia mundial em Londres na terça-feira (30) diante da rainha Elizabeth e chegará aos cinemas de alguns países em 2 de dezembro. O filme estará disponível em versões 2D e 3D.

A nova co-produtora Twentieth Century Fox estará atenta ao desempenho do filme, tendo assumido das mãos da Walt Disney Co. o controle da franquia baseada nos romances de fantasia de C.S. Lewis.

A trama acompanha Lúcia e Edmundo Pevensie, seu primo Eustáquio, o rei Caspian e um rato guerreiro chamado Ripchip em uma missão que os leva a ilhas misteriosas e a um reencontro com o poderoso leão Aslan.

“Haverá público para este filme, com toda certeza. Mas não prevejo que o filme vá restaurar a franquia à sua glória anterior”, opinou Brandon Gray, do site de rastreamento de filmes http://www.boxofficemojo.com.

Por que “Príncipe Caspian” não fez sucesso?


Em 2005, quando foi lançado o primeiro filme da série, “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, a bilheteria chegou a US$ 745 milhões, e o filme foi o terceiro maior do ano, levando a Disney a esperar que a série pudesse se converter no próximo “Harry Potter”.

Como a série Potter, há sete livros infantis com os quais trabalhar, além de certo nível de familiaridade de leitores em todo o mundo.

Mas “Príncipe Caspian”, o segundo filme da franquia, lançado em 2008, vendeu apenas US$ 420 milhões em ingressos em todo o mundo.

Foi o suficiente para convencer a Disney a romper com a Walden Media, produtora de “Narnia”. A Fox, pertencente à News Corporation, tomou o lugar da Disney no início de 2009.

A performance de “Príncipe Caspian” normalmente seria considerada impressionante, mas, com custos de produção estimados em mais de US$ 200 milhões, um grande orçamento de marketing e comparações pouco elogiosas com o primeiro filme, “Caspian” foi visto como fracasso.

Especialistas atribuíram a bilheteria fraca ao fato de “Caspian” ter sido lançado em maio, em vez de dezembro, e de o público estar mais familiarizado com o livro “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”.

Mark Johnson, produtor dos três filmes Narnia, disse ao Wall Street Journal que o novo filme foi feito por relativamente modestos US$ 140 milhões.

Fonte: http://migre.me/2Bill
21
nov
10

Livro revela detalhes da saga “Harry Potter” nas telonas

Mais essa novidade para os fãs da saga do bruxinho… Eta exploração no preço viu? R$ 76,00…

IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

Fonte: http://migre.me/2o5pg

O guia definitivo da saga do bruxo mais famoso do cinema acaba de ser lançado.

“Harry Potter – A Magia do Cinema” é um belo resumo gráfico, cheio de presentinhos para os fãs, da década em que Hogwarts foi o segundo lar de milhões de espectadores dessa saga.

O livro revela segredos da produção de cada um dos filmes, fotos exclusivas dos bastidores, e lembra cada detalhe do mundo mágico criado por J.K.Rowling e pela equipe técnica dos longas.

“Como fã, me perguntei: o que eu mais gostaria de saber sobre os filmes?”, revela Brian Sibley, autor do livro. “Passei meses nos estúdios, conversando com várias pessoas que ajudaram a criar a magia de ‘Harry Potter’.”

Logo no começo, uma surpresa: a carta de convite a ingressar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, igualzinha à que Harry recebe em “A Pedra Filosofal”.

Daí para a frente, em meio a entrevistas com atores e produtores, mais regalos: programação da Copa de Quadribol, decretos de Dolores Umbridge, Gemialidades Weasley e –a cereja do bolo– Mapa do Maroto.

No prefácio do livro, o trio principal de atores conta como foi passar metade de suas vidas em um set.

Para Sibley, a saga “Harry Potter” é especial porque os livros acompanham os personagens no tempo. “Uma geração de leitores cresceu com Harry, Rony e Hermione. Então, a história de cada um deles também é uma jornada de descobrimento.”

Leia abaixo a entrevista com o autor de “Harry Potter – A Magia do Cinema”.

 

Carteira de identidade do Ministério da Magia da bruxa Mafalda Hopkirk: um dos presentinhos do livro

 

Folha – Como foi o convite para escrever “Harry Potter – A Magia do Cinema”?
Brian Sibley – Eu já havia escrito livros sobre outras franquias de fantasia, incluindo “O Senhor dos Anéis” e “A Bússola de Ouro”. Os editores acharam que eu poderia trazer o mesmo interesse e entusiasmo para escrever sobre o mundo mágico de Harry Potter. Como fã dos filmes, me perguntei: o que eu mais gostaria de saber sobre eles?

Você era fã da saga “Harry Potter” antes de escrever o livro?
Sou um grande admirador da J.K.Rowling e do fato da saga ter transformado em leitores milhões de jovens de uma geração que cresceu em frente à TV e na qual a leitura tornava-se, rapidamente, uma arte esquecida. Graças a Harry e seus amigos, a palavra impressa e uma incrível história voltaram à moda. Também sou um grande fã dos filmes, pois capturaram de forma impressionante a essência dos livros e propiciaram uma realidade tangível para Hogwarts por meio do trabalho brilhante dos artistas envolvidos neles

Como foi a pesquisa para o livro?
Passei meses nos estúdios conversando com várias pessoas que ajudaram a criar essa magia de Harry Potter, como figurinistas e construtores de sets. Também conversei com as pessoas incríveis que criaram, por exemplo, as moedas do banco Gringotes, que construíram um modelo de fênix que chorava lágrimas de verdade, e os magos da computação responsáveis por criar os “tressálios” e os jogos de “quadribol”.

J.K.Rowling se envolveu no projeto?
Como J.K.Rowling é muito apegada a tudo o envolve seus personagens e histórias, ela teve o direito de ler o livro antes da publicação. Ela não pediu nenhuma alteração, espero que isso signifique que ela tenha gostado!

Você é um grande fã de literatura fantástica?
Sim! Eu amo livros e filmes de ficção e fantasia. Geralmente, as histórias -mesmo com lugares e criaturas que não existem- têm algo a nos contar sobre o mundo real e sobre nossos esforços para entendermos nós mesmos e os outros.

O que você mais gosta nesse tipo de livro e filme?
Muitos deles são sobre a antiga batalha entre o bem e o mal, o conflito entre a luz e as trevas. Também gosto do fato de que, mesmo que tudo pareça possível, a “magia” ainda tem de obedecer a regras que governam o universo, para que fantasia e realidade permaneçam totalmente compatíveis.

Especificamente sobre “Harry Potter”, qual o aspecto mais interessante da história?
O que torna “Harry Potter” especial é que os livros acompanham os personagens no tempo. “Uma geração de leitores cresceu com Harry, Rony e Hermione. Então, a história de cada um deles também é uma jornada de descobrimento. Rowling põe grande emoção em seus personagens e nos convida a fazer o mesmo.

Que outros aspectos o senhor considera importante?
Os livros são grandes aventuras. Também adoro a “magia” e o fato de a autora usar ideias para criaturas que remontam às civilizações mais antigas e fazem parte de várias culturas em todo o mundo. No entanto, talvez mais do que qualquer outra coisa, as histórias são sobre amizade, lealdade, sacrifício e sobre como essas coisas são custam caro para aqueles que estiverem dispostos a se comprometer com elas.

HARRY POTTER – A MAGIA DO CINEMA
AUTOR Bryan Sibley
EDITORA Panini
PÁGINAS 160
PREÇO R$ 76

 

21
nov
10

“O Círculo Negro”, quinto volume da serie “The 39 Clues”

Após o dilema de acompanhar ou não a serie “The 39 Clues”, optei pelo sim. Isso por que, como eu disse em um post anteriormente, fiquei muito desconfiada com a ideia de Rick Riordan, criador da serie, de estabelecer que os livros seriam escritos por alguns autores. A princípio a ideia me agradou, no entanto, tenho muito de não gostar de determinados estilos de escritas e isso poderia me fazer desistir de acompanhar os livros. O primeiro volume é incrível, uma grande responsabilidade, já que ele seria o pontapé inicial que faria os leitores sentirem ou não vontade de continuar comprando os volumes lançados. E nisso, Riock Riordan, foi um sucesso, como sempre, diga-se de passagem. Há quem não goste dele, do seu estilo, mas ele me agrada em muito, principalmente pelo fato de resgatar culturas pouco conhecidas em suas histórias. Afinal, o cara é professor de história há mais de 15 anos, ou seja, é o seu forte e sua escrita é deliciosa.

Porém me decepcionei com um, apenas um, escritor que deu sua contribruição a “The 39 Clues”. Mas o problema foi que justamente ele escreveu o terceiro volume, o que poderia ter me freado e ter desistido de acompanhar as aventuras dos irmãos Amy e Dan Cahill. Mas digamos que eu seja uma pessoa persistente e acreditei que os outros livros poderiam ser melhores. E assim eu continuei acompanhando e não me arrependi. De fato os outros autores conseguiram acompanhar a história iniciada por Riordan e deram continuidade com maestria à caracterização das personagens, ao ritmo intenso das aventuras e grande contruibuição a divulgação de aspectos culturais e históricos de cidades e países pouco conhecidos principalmente pelos estudidenses.

No quinto volume da serie, “O Círculo Negro”, Patrick Carman (autor de livros infanto-juvenis que fazem muito sucesso fora do Brasil) conduz a história de forma brilhante. Dan é uma personagem que eu simplesmente adoro e dou muita risada com suas tiradas engraçadas e comportamento totalmente fora de controle e, aqui, ele continua como criado por Riordan. Inclusive com um destaque e participação muito interessante.

Saídos do Cairo, os irmãos Cahill parte sem a au-pair, Nellie e também sem o gato Saladin, para a Rússia, dispostos a encontrar a quinta pista que os levará a uma riqueza sem tamanho e reconhecimento para a posteridade.

São muito interessantes e ricas as descrições feitas por Carman sobre a Rússia. Não foi tratada como um país frio, distante, fechado e com hábitos e culturas estranhas, como muitas vezes as pessoas estão acostumadas. Aspectos culturais e pontos turísticos foram muito bem retratados, contribuindo para conhecimentos gerais para os jovens leitores. Inclusive já li pela net que alguns adolescentes chegaram a pesquisar em sites de buscas se o que foi descrito e dito no livro correspondia a realidade da Rússia. O que é algo maravilhoso, a partir do momento que despertou a curiosidade infantil e juvenil, a ponto de fazê-los ir em busca de maiores informações sobre um povo, uma cultura e um país que não faz parte sequer de estudos aprofundados nas escolas, salvo no que se refere à Revolução Russa e o seu principal líder, Lênin.

Os livros da serie geralmente são traduzidos e lançados no Brasil com rapidez, o que considero um avanço e um ponto muito positivo, pois não quebra o ritmo de leitura dos jovens e sempre os estão inserindo em novos conhecimentos gerais e culturais sobre diferentes povos e nações, a partir do momento em que as personagens tem como missão e desafio encontrar as 39 pistas ao redor do mundo.

Por esses aspectos e outros, como boa leitura, momentos de diversão e descontração, eu super recomendo a leitura de todos os volumes da serie.

 




Melissa Rocha

Jornalista apaixonada por cachorros e literatura, principalmente o gênero infanto-juvenil. Torcedora (e sofredora) do Palmeiras e Bahia. Fã de Drew Barrymore, Dakota Fanning, Anthony Kiedis e Red Hot Chili Peppers, All Star e Havaianas.

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